Torneira seca

Moradores de dez bairros da cidade estão sendo afetados com a constante falta de água. Segundo informações de ambas as redes de abastecimento (Cedae/Saae), os locais mais afetados da cidade são: Morro do Tatu, Morro da Fortaleza, Morro do Perez, Morros das Glórias I e II, Morro Santo Antônio, Morro da Cruz, Balneário, Bonfim, Zungú, Serra D'água, Japuíba e Nova Angra.
                                                                                                - Mais uma vez Angra dos Reis está passando por outra situação crítica em relação à água. Todo ano é assim, todo verão. Aonde eu vou, escuto alguém falar de falta de água. O caos está na cidade inteira. O calor está insuportável e não tem uma gota de água. E as nossas autoridades? Será que estão tomando banho? - indagou a moradora do Morro do Tatu, Solange Ramos.  

O comerciante do bairro Zungú, André Breves destacou que há mais de uma semana não consegue abrir seu bar por conta da falta de água na comunidade.

- Há sete dias sem água, as pessoas estão entrando em desespero. Como moramos longe não temos muito acesso. E no nosso bairro o comércio está sendo obrigado a fechar por causa disso. A nossa sorte é que temos uma cachoeira belíssima, que está "quebrando o galho" - disse ele.

Além dos transtornos com a falta de abastecimento, os moradores de várias comunidades estão se queixando dos constantes furtos a caixas d'água.

- Muitas vezes a água cai em algumas casas, em outras não. Nossa, sai até briga de vez em quando. Quinta-feira, 12, de madrugada saiu uma correria na nossa comunidade, porque tinham vizinhos roubando água de um senhor, e um queria bater no outro, foi uma confusão enorme - afirmou a moradora do Morro da Fortaleza, Marcelina da Silva.

- Com 68 anos de vida, eu nunca vi uma coisa dessas, pessoas roubando água com balde, saindo correndo com garrafas cheias de água de outros moradores, é inacreditável. Resolvi vedar e tampar com tijolos todas as caixas de água nas minhas casas - destacou o aposentado Carlos Augusto Borges.

Segundo Carlos Alberto Marcatti, presidente do Saae, o problema ocorreu por conta de uma paralisação no sistema da Cedae, no intuito de realizar a limpeza do local de distribuição.

- A Cedae precisou paralisar a distribuição para limpar toda a sua rede. Porém, o processo demorou um pouco mais, e isso acabou afetando a nossa rede de distribuição em todo o município. Mas, a situação já foi normalizada e até na manhã desse sábado, 14, tudo estará regularizado - afirmou Marcatti.


fonte: diariodovale.uol.com.br