Os moradores da Monsuaba continuam a reclamar sobre a situação de abandono em que se encontra a localidade. Problemas como falta de calçamento e a inexistência de projetos de infraestrutura são reivindicações de quem vive na comunidade.
A construção de um espaço de lazer no bairro continua a ser motivo de polêmica entre o Executivo e a população. O antigo prédio da Escola Municipal Raul Pompeia foi demolido para ceder espaço a novas estruturas que atendessem às necessidades dos moradores. Porém, o terreno de aproximadamente 3,8 mil metros quadrados está vazio e nenhum empreendimento foi realizado no local.
- Não recebemos qualquer tipo de informação que esclarecesse o motivo da demolição. O que sabemos é que derrubaram a escola e nada fizeram no local. Seria importante que neste grande espaço fosse construída uma escola técnica, pois há muitos jovens no bairro que não possuem condição de se deslocar para o Centro - disse o balconista Luan Santos.A dona de casa Daniele da Silva reclamou da ausência de um espaço de lazer para as crianças. Segunda ela, o parquinho da localidade está quebrado e todo enferrujado.
- As estruturas dos brinquedos estão em estado deplorável, é impossível a criança brincar sem que tenha a roupa rasgada ou se machuque. A única quadra que temos fica lotada, outra deveria ser construída. É um absurdo que a prefeitura não disponibilize um espaço de recreação e lazer para a comunidade - destacou.
O novo prédio da escola Raul Pompeia, que funciona desde 2008, já recebe críticas da comunidade. De acordo com populares, em várias salas da instituição há o problema de infiltração e de pastilhas que se descolaram da fachada.
- Acreditamos que essa obra não foi feita de forma rigorosa. Uma aluna se machucou quando uma pastilha da fachada caiu sobre ela - reclamou Daniele.
O prefeito disse estar ciente dos problemas da localidade. Segundo ele, a prefeitura vai realizar uma ação de combate à dengue no bairro na quarta-feira, quando ele irá pessoalmente à Monsuaba. A previsão é que no decorrer de todo o dia ocorra um mutirão de limpeza com a participação da Fundação de Saúde e da Defesa Civil. Está agendado um encontro de Tuca com a comunidade a ser realizado na Raul Pompeia. O objetivo da reunião será discutir soluções e ações para os problemas apresentados pela população local.
- Há alguns investimentos programados em relação à escola, à quadra e à nova praça do bairro. Todos os secretários também estarão presentes ao encontro - ressaltou Tuca.
Moradores cobram respostas sobre antigo projeto
Conforme disse o aposentado Walter Lourenço Lima, a prefeitura havia apresentado um estudo, em meados de 2010, que previa a construção de uma praça no local onde ficava a antiga Escola Municipal Raul Pompeia. A iniciativa considerava construir uma quadra poliesportiva, uma estrutura de concreto armado para servir como anfiteatro, equipamentos de ginástica e um parque para as crianças, além de mesas para jogos como tênis de mesa e xadrez.
- Quando projeto foi elaborado, representantes do município fizeram uma reunião com a comunidade para explicar a proposta e ver a opinião dos moradores - disse Lima.
A assessoria da prefeitura informou em fevereiro deste ano que, devido à solicitação da comunidade, o estudo para criar uma nova área de lazer no bairro foi encaminhado para o programa Praças do PAC, do governo federal. De acordo com a assessoria do município, o projeto está entre os selecionados e faltaria apenas a assinatura do convênio para a execução das obras, orçada em R$ 1,9 milhão, gasto a ser assumido pela União.
Conforme informou a assessoria no início do ano, a prefeitura tem até o dia 31 de março de 2012 para entregar o projeto final ao Executivo federal, com a assinatura do convênio prevista para 31 de maio.
De acordo com as informações do governo municipal, após passada a fase da resolução dos trâmites legais, a prefeitura de Angra tem até 12 meses para começar as obras, conforme o início dos repasses pelo governo federal.
A assessoria informou que o Programa Praças do PAC prevê a construção de um prédio de três pavimentos, entre eles o cineteatro, a biblioteca, o telecentro, salas multiuso, pista de skate e equipamentos de ginástica. Todo esse complexo esportivo e cultural deverá ocupar uma área total de 700m².
fonte: www.diariodovale.uol.com.br
Um comentário:
prefeitura esqueceu da gente
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