segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Verão em Angra


Ah, o verão. Especialmente nos trópicos do Hemisfério Sul, onde o verão hospeda a virada de ano — e um horizonte que parece acenar com novas oportunidades —, a época é de praia, calor, corpos desnudos, férias, cerveja gelada, uma estação de bem com a vida. O verão é a estação mais aguardada pelo angrense.

Mas há verões e verões. E este, particularmente, tem sido uma das estações mais bizarras. E eu não me refiro ao já insuportável e mal organizado trânsito, piorado um milhão de vezes por conta dos incompetentes que o comandam por apadrinhamento político. Não. Essa é queixa antiga. Tampouco me refiro ao calor que, a cada ano, parece ser o “maior dos últimos dez anos”. Imagina. Temperatura de 20 graus em Angra já é razão suficiente para o angrense tirar casaco do armário. E as chuvas? Tem coisa mais previsível do que as tempestades que castigam Angra verão sim, outro também? Ou o mar de turistas que invade a cidade?

E no entanto, se nada é novidade, por que este verão parece tão abominável? Pela inacreditável falta de preparo e senso de antecedência de autoridades públicas e empresas privadas para lidar com a mais emblemática das estações numa cidade que espera o ano todo por ela. Os absurdos se sobrepõem de uma maneira perturbadora. Vai das manchas e espumas que deixam as praias com cheiro e aparência horrorosos aos ridículos ventiladores nos shoppings(?) da cidade. Da falta de táxis nas ruas aos alagamentos provocados por rios assoreados ou redes de águas pluviais sem manutenção, ao mais leve dos chuviscos. Dos preços absurdos onde quer que se vá na cidade à clara falta de pessoal para atendimento ao público em restaurantes, bares, clínicas, hospitais e locais turísticos da cidade. De filas gigantes para embarcar na Estação Santa Luzia à falta de policiamento que resulta num sem-número de roubos, furtos e violências diversas pela cidade. Do nível indigente de apagões e da falta de água em vários bairros. Você escolhe a mazela.

Alguns leitores podem comentar no blog criticando esta postagem, enxergando aqui uma “campanha contra Angra”. Angra não precisa de campanha de difamação. A falta de preparo de empresas e governos no trato com a cidade, seus moradores e visitantes, cuida disso.



terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Reais objetivos



Pelo que todos nós acompanhamos, em esfera nacional, estadual ou municipal, as eleições de 2014 deixaram de ter como objetivo principal o pensamento de um futuro melhor para os brasileiros.

É uma disputa entre quem vai se dar bem com os trilhões a serem arrecadados, ou quem terá mais partidos para se dar bem na futura distribuição de verbas não contabilizadas.

Salve-se quem puder!